sexta-feira, 17 de novembro de 2017

[18 DE NOVEMBRO * CENTRO CULTURAL DE BELÉM] – RAUL BRANDÃO REVISITADO – NOS 150 ANOS DO SEU NASCIMENTO E NO CENTENÁRIO DO LIVRO “HÚMUS”


Nos 150 Anos do Nascimento de Raul Brandão e no Centenário da publicação do livro “Húmus” – DIA LITERÁRIO RAUL BRANDÃO

DIA: 18 de Outubro (15,00 horas);
LOCAL: Centro de Congressos e Reuniões do Centro Cultural de Belém [Piso 1], Lisboa;
CONFERÊNCIA: Raul Brandão Revisitado;
ORADOR: António Valdemar (Academia das Ciências);

INTERVENIENTES: Leitura de Interpretação de Textos da obra “Húmus” por José Fanha; Ilustrações de Álvaro Carrilho.  

ORGANIZAÇÃO: António Valdemar / Centro Cultural de Belém.

“A personalidade e a obra de Raul Brandão estão associadas, em 2017, a dois acontecimentos relevantes: a comemoração dos 150 anos do nascimento do escritor e o centenário da publicação do livro Húmus.
 
 

As duas efemérides vão ser assinaladas com uma intervenção de António Valdemar sobre a criação do escritor, as figuras da época, os movimentos políticos, militares, sociais e culturais e ainda os locais do Porto, de Guimarães, de Lisboa, dos Açores e da Madeira, mencionados nos seus livros. Haverá, ainda, a leitura de textos de Húmus, por José Fanha.

A sessão será ilustrada com uma apresentação concebida pelo designer Álvaro Carrilho, autor de outros trabalhos  que tem efetuado, na última década, para a Academia das Ciências,  para o Grémio Literário, para a Biblioteca Museu da Resistência e da República e outras instituições culturais e cívicas.

Raul Brandão nasceu a 12 de março de 1867, na Foz do Douro, estudou no Colégio São Carlos e no liceu do Porto, frequentou o Curso Superior de Letras (1888) e matriculou-se na Escola do Exército, em 1891. Concluiu o curso, em 1894, tendo sido colega dos futuros Presidentes da República Sidónio Pais e Óscar Carmona.

Exerceu funções em Lisboa, no Porto e em Guimarães. Quando se encontrava nesta cidade, casou, em 1897, com Maria Angelina. Reformou- se do posto de capitão em junho de 1911.

Adquiriu, em 1912, a casa do Alto da Nespereira, na periferia de Guimarães, onde passava parte do ano (dedicando-se à agricultura) e a outra parte em Lisboa, primeiro na York House, depois em casa própria na Rua de São Domingos à Lapa, onde faleceu a 5 de dezembro de 1930.

Desde 1902, ao radicar-se em Lisboa, teve intensa atividade no jornalismo, no Correio da Manhã, no Dia e no República, dirigido por António José de Almeida.

Muitos dos textos das suas memórias foram redigidos, em forma definitiva, a partir de notícias, reportagens e crónicas publicadas naqueles e noutros jornais e revistas.
 
 

A sua relação com Teixeira de Pascoais data de 1914, colaborando na revista Águia e no movimento Renascença Portuguesa. Publicou Húmus, a sua obra principal, em novembro de 1917. Fez parte do Grupo da Biblioteca, quando Jaime Cortesão era diretor da Biblioteca Nacional de Lisboa. Pertenceu ao núcleo dos fundadores da Seara Nova. Frequentou o ateliê de Columbano, que lhe fez vários retratos, e as tertúlias da Brasileira do Chiado e da Bertrand.

Atualmente, a Relógio d’Água tem estado a reeditar Raul Brandão – em edições críticas e prefaciadas por especialistas na matéria – na série Obras Clássicas da Literatura Portuguesa, iniciativa da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, com o patrocínio do Ministério da Cultura” [AQUI].
 
 

A não perder.

J.M.M.

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