segunda-feira, 17 de outubro de 2011

CARLOS BABO (Parte I)



Carlos Babo nasceu a 4 de Setembro de 1882, no lugar da Corredoura, freguesia de S. Tiago de Figueiró, concelho de Amarante, filho de Eduardo Pinto dos Santos Teixeira e Isabel Cândida Teixeira de Babo.

Em 1898 ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tendo concluído o curso em 1904. Em 1903 aderiu ao Partido Republicano.
Após a conclusão do curso, tentou advogar em Amarante, montando um escritório juntamente com o seu amigo Teixeira de Pascoaes. Torna-se um dos membros da Comissão Municipal Republicana de Amarante, a par do Dr. António Cerqueira Coimbra, Alfredo Osório, José Pereira da Silva, Dr. Lago Cerqueira, Dr. Romão da Cruz, entre outros.

Inicia colaboração no jornal Voz de Amarante onde se afirmou, proclamou o conjunto de princípios em que se mostrou irredutível. Durante o tempo em que esteve em Amarante escreveu um panfleto intitulado, Os mestres de Direito ou os Assizes da Universidade. Este trabalho foi editado em 1906, pela Livraria Moura Marques, de Coimbra, e é da propriedade, da Companhia Editora Portugal Brasil.

Com o seu empenho e trabalho contribuiu também para fundar a Comissão Municipal Republicana de Felgueiras.

Durante os anos de 1907 e 1908 colaborou assiduamente com o mais importante jornal republicano da época, O Mundo, de Lisboa, dirigido por França Borges, onde assinou alguns dos textos que depois veio a reunir num livro intitulado Amor Perfeito, publicado em 1922, onde se encontram páginas revivalistas, que reportam a intensidade com que este advogado, escritor e jornalista as viveu.

Por decisão de António José de Almeida e de Bernardino Machado, em 1908 é nomeado advogado do Partido Republicano. No âmbito das suas funções e até à implantação da República, percorre o país defendendo aqueles que se consideravam, perseguidos políticos. Carlos Babo defendeu, quase sempre com brilho a maior parte dos republicanos que os governos monárquicos acusavam de pertencerem às associações secretas (leia-se principalmente Maçonaria e Carbonária). Renuncia então à advocacia particular, por não conseguir atender a todas as solicitações, definindo como prioridade os serviços que a sua situação no Directório lhe impunha.

Data desse tempo a publicação de um folheto a que se deu o título de Um conselho à Rainha de Portugal.

Por diversas vezes se desempenhou de missões secretas de confiança política.

No ano de 1909, integrou a comissão que preparou a Lei Orgânica do P. R. P. reunido em Setúbal.

[Em continuação]

A.A.B.M.

Sem comentários: