sexta-feira, 2 de março de 2007

CARLOS OLAVO


Nasceu no Funchal a 7 de Julho de 1881, filho de Carlos Olavo Correia de Azevedo e Maria Adelaide Cabral de Azevedo. Pertencente a uma família aristocrática da Madeira, quando vem estudar para Coimbra encontra como professor Afonso Costa que o conduz para o Partido Republicano.
Inicialmente estuda na Escola Politécnica em Lisboa, onde fundou em 1900, a Liga Académica Republicana.
Participa, como dissemos anteriormente, na revolta académica de 1907, sendo expulso por dois anos. Advogado, concluiu a formação em Direito no ano lectivo de 1907/1908. Foi amnistiado meses depois, mas preso nessa ocasião por tentar entrar em Coimbra para assistir às aulas na Universidade.

Refira-se que Carlos Olavo, Ramada Curto, José Montês, Carlos Amaro e Bissaya Barreto foram dos principais responsáveis pela fundação do Centro Republicano Académico.

Após a conclusão do curso foi nomeado Secretário-Geral do Governo Civil de Lisboa. Em 1911 foi eleito deputado à Assembleia Constituinte, pelo Círculo do Funchal, repetindo a situação em 1915, 1919, 1921 e 1922.
Participou na primeira Guerra Mundial como voluntário, tendo combatido na Flandres como oficial de artilharia, mas acabou por ser feito prisioneiro pelos alemães.
Em Março de 1920, junta-se ao Partido Reconstituinte, liderado por Álvaro de Castro.
Pertenceu a um dos primeiros conselhos directivos da Ordem dos Advogados.

Destaca-se como jornalista e escritor de índole política.Publicou:

- O prólogo da peça... , 1904 [juntamente com Álvaro de Castro];
- Jornal de Um Prisioneiro de Guerra na Alemanha Lisboa,1919,;
- A vida turbulenta do padre José Agostinho de Macedo, [1938];
- A vida amargurada de Filinto Elysio, 1944;
- A Herança Relvas, 1956;
- Homens, fantasmas e bonecos, [D.L. 1955].
- João das Regras : jurisconsulto e homem de Estado,[19-]
Colaborou desde 1900 nos seguintes jornais e revistas:
- A Liberdade;
- Marselhesa;
- A Vitória, [dir. político];
- Primeiro de Janeiro;

Pertenceu à Maçonaria, tendo sido iniciado na Loja Montanha com o nome simbólico Saint Just em 1901.
Faleceu em Lisboa a 16 de Novembro de 1958.

Bibliografia consultada:
Lisboa, Eugénio (coord.), Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, vol III, Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro/Publicações Europa América, Lisboa, 1994, p. 247-248.
Marques, A. H. de Oliveira (coord.), Parlamentares e Ministros da 1ª República (1910-1926), Col. Parlamento, Afrontamento, 2000, p. 101-102.

A.A.B.M.

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